O Boleto Bancário é algo tão comum e usual no dia a dia das empresas e das pessoas que normalmente nem paramos para pensar no que ele é ou em como ele funciona.
O problema disso, é que não conhecer ou entender o funcionamento de um Boleto pode trazer vários problemas para o seu negócio, incluindo a exposição a fraudes.
Pensando nisso, resolvemos explicar em detalhes o que é e como funciona um boleto através desse post e também do vídeo (acima).
Se você preferir, pode ainda ler a transcrição desse mesmo vídeo abaixo
Transcrição do Vídeo:
O boleto bancário é padronizado pela Febraban.
O beneficiário é quem recebe o pagamento e o pagador é quem vai paga.
Ele é dividido em recibo do pagador e ficha de compensação.
Existia antigamente uma terceira via que caiu em desuso.
Segundo o padrão, o recibo do pagador pode estar no formato que o beneficiário desejar, desde que contenha os campos básicos como valor, vencimento, beneficiário e pagador.
Já a ficha de compensação tem que estar em um formato mais restrito.
Ela é composta por linha digitável, código de barras e instruções para o caixa.
O código de barras é usado para automatizar os pagamentos usando o leitor ótico.
A linha digitável é a representação numérica do código de barras.
Os números na linha digitável não estão na mesma ordem do codigo de barras mas a informação é a mesma.
A linha tem diversos dígitos de verificação que são calculados usando os demais números.
Eles são responsáveis para verificar se a linha foi digitada corretamente.
Quando há um erro de digitação, o sistema do banco vai esperar um dígito e é improvável que seja o digitável.
A linha ainda contem o numero do banco, o fator vencimento e o valor a ser pago.
As outras informações são livremente determinadas por cada banco e por isso temos layouts diferentes para cada banco.
Outra informação importante é o nosso número.
Ele é a identificação única do boleto no software da empresa beneficiária.
É através dele que relacionamos o boleto com a pessoa ou empresa que o pagou.
Existem diversos tipos de boleto, ou seja, de carteiras.
As sem registro eram as mais utilizadas por serem baratas e robustas. Eram porque a Febraban está limitando o seu uso por causa de fraudes.
Já a carteira registrada tem esse nome porque precisa que um arquivo seja enviado para o banco com as informações do boleto.
Ou seja, sempre que o boleto é emitido, de alguma forma esta informação tem que ser enviada para o banco, antes que o pagador tente pagar o boleto.
Há 2 formas de registrar os boletos no banco: manualmente usando arquivos de remessa ou de forma automática usando uma solução como o PJBank.
As instruções para o caixa são usadas pelo banco no momento do pagamento para saber quais acréscimos cobrar após o vencimento.
Note que as informações de juros e multas não são informadas no código de barras e por isso, na maioria dos casos, pagamento após o vencimento só eram permitidos na boca do caixa e no banco emissor do boleto.
Com a obrigatoriedade das carteiras registradas, as informações de juros e multa, assim como várias outras, agora são enviadas para o banco e este, as envia para uma central, chamada CIP.
Desta forma, quando uma pessoa está fazendo o pagamento de um boleto, a CIP é consultada e retorna todas as informações do boleto. A vantagem é que esta operação evita fraudes e permite que o boleto seja pago depois do vencimento em toda a rede bancária.